Todo dia observo as pessoas com pressa, em uma marcha atlética frenética que às vezes até os calcanhares se suspendem. Próximo à chegada do ponto, as senhoras se aprontam na porta do coletivo como se fosse a única escapatória daquela sardinha enlatada e te olham pensando:
- Você não vai passar na frente rapaz...
Passar na frente de quem? - penso - A porta se abre e antes que saiam já tem gente querendo subir. Que parte do "dois corpos (rechonchudos) não ocupam o mesmo lugar no espaço" não entenderam?
A estrada dos zumbis pela cidade do novo século continua, enquanto caminho Raulzito resume:
Por que nesta tarde tão calma, o tempo parece parado?
5 comentários:
adorei o vídeo
Hi, uma vez critiquei as pessoas que andavam com fones no ouvido...disse que elas pareciam zumbins...alheias a tudo o que ocorria à volta delas.
Hj consigo sentir melhor a cidade quando me torno tb uma zumbi. Aprecio a msm paisagem diária com uma trilha nova, o que me permite uma nova percepção.
PS.: Gostei do vídeo, caminhei pela rotina ali presente...
Muito bom seu blog!
Criatividade é o que não falta...
Todo publicitário tem uma sacada de jornalismo e todo jornalista tem uma sacada de publicidade, se renda vai, kkk Brincadeira
Parabéns!
Beijos
A rotina nunca é igual?....
Perfeita essa frase!
Bjhus
Interessante: eu acho que por sempre ter medo da pressa, sou daqueles que saem mais cedo para justamente não ter de disputar pequenos espaços com muita gente.
Sobra tempo para, por tras das lentes escuras dos óculos, observar pessoas tentando correr mais rápido que o próprio relógio de pulso.
Essas pessoas perdem tempo, perdem a vida que passa diante delas.
E aí vem a pergunta? O que eu ganho em ver as pessoas se perdendo na pressa? Respondo: ganho a vida que elas perdem.
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